RAPSICORDÉLICO é um projeto que traz na essência uma nova construção sonora para o universo da música popular brasileira. Um estilo musical fundamentado na cultura hip-hop com fortes influências dos ritmos brasileiros. Uma obra híbrida que traça um paralelo entre a poesia falada do RAP com a métrica dos cordelistas, os grooves 4x4 acentuados dos Djs com os ritmos sincopados regionais brasileiros, em uma roupagem moderna que se apropria dos timbres eletrônicos em dialogo com os instrumentos acústicos.
Em 2010, Gaspar vocalista e fundador do grupo Z’África Brasil resolve investir na produção de seu primeiro disco solo denominado Rapsicordélico. Contemplado no edital ProAC 28/2012 - HIP HOP - O projeto ganhou força reunindo importantes artistas da atual cena de música de São Paulo contando com a produção musical de João Nascimento e as participações especiais de Zeca Baleiro, Emicida, Dexter, Lirinha, Funk Buia, Marcelo Pretto, KL JAY, Lou Piensa e Amanda Negrasim.
Rapsicordélico é a síntese musical de uma longa pesquisa realizada na carreira do artista Gaspar. Fruto de um trabalho que investiga a composição poética das estruturas literárias dos cordelistas, os versos dos emboladores e repentistas, as ladainhas dos capoeiristas, os aboios dos vaqueiros, as métricas dos cirandeiros, os pontos dos jongueiros e as canções ritualísticas dos terreiros. Um mergulho nos diversos ritmos que nasce da diáspora africana nas américas que também estão presentes de maneira sutil na essência do hip-hop nova-iorquino que se difundiu em São Paulo na década de 80.
“A comunicação transversal entre linguagens, culturas, gêneros e abordagens artísticas, compõe aqui um papel fundamental – nos coloca adiante de uma necessidade de romper padrões, fórmulas e lugares não antes visitados por nós, onde num olhar mais sensível nos desafia a buscar novas possibilidades de composição musical, convivência harmônica e arranjos a partir de um espaço simbólico de construção artística coletiva, que valoriza o Hip-Hop em diálogo com cultura regional brasileira.”